quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Shantala / Massagem Indiana.


Uma técnica simples promete reduzir o desconforto do bebê e aproximar os pais de seus filhos nos primeiros meses de vida. É a chamada Shantala, uma massagem milenar tradicional na índia.

A Shantala é uma massagem milenar indiana, sem registro de quando surgiu exatamente em Kerala no Sul da Índia. Foi descoberta quando o médico francês Frédérick Leboyer, de passagem pela Índia, se deparou com a cena de uma mulher num calçada pública massageando seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era paraplégica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, Calcutá.

O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta.
Leboyer pediu para fotografá-la e filmá-la. Ela, admirada pelo interesse em uma prática tão simples e corriqueira, aceitou. Durante dias ele acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando atentamente cada movimento. Leboyer fez o possível para que as fotografias exprimissem a profundidade e o amor envolvidos.
Em homenagem a essa mãe, o nome da técnica de massagem em bebês chama-se Shantala. Na índia, essa prática não tem um nome específico, pois trata-se de uma atividade que faz parte da rotina de cuidados com o bebê.

Graças à “descoberta” de Leboyer, e ao seu livro: SHANTALA, massagem para bebês: uma arte tradicional, Shantala vem sendo cada vez mais popular em todo o mundo e cresce a cada dia o número de pesquisas científicas que objetivam comprovar seus benefícios.
Mas há um aspecto que transpõe as pesquisas científicas e suas comprovações: A relação Mãe-Filho / Pai-Filho. Foi esse encantamento, a relação, interação e vinculação que encantou Leboyer e que no Ocidente vem a ser uma forma dos pais apronfudarem o vínculo afetivo com seus bebês.

Shantala traduz um momento especial oferecendo a oportunidade dos pais terem um contato mais prolongado com o bebê. O toque carinhoso é a melhor forma dos pais se aproximarem do bebê após um dia de trabalho, transmitindo amor e carinho através das mãos. Esse contato ajudará muito os pais a conhecerem o corpo do seu bebê e como se comunicam, isso é muito importante e ajudará em muito nos dias difíceis da criança.

Os benefícios da massagem são inúmeros. Ela tem a função de tonificar os músculos, eliminar gases, desenvolver o intestino, desbloquear a coluna, alongar e relaxar o bebê etc.
O ideal é que a sequência de exercícios seja aplicada entre zero e seis meses de idade. O tempo dedicado ao contato varia com a disponibilidade dos pais.

A Shantala é aplicada no colo da mãe que, com a ajuda de um óleo, faz movimentos lentos, contínuos e suaves no bebê. Depois de uma série de exercícios, o bebê deve tomar um banho, que também deve seguir a temperatura de costume. A série completa tem duração média de 30 minutos.

“Sim, os bebês tem necessidade de leite,
Mas muito mais de serem amados e receberem carinho
Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”.
‘Leboyer’.

Os bebês tocados e massageados têm como benefícios:

Psíquicos:
Fortalecimento do vínculo;
Integração Psicofísica (corpo-mente);
Delimita espaço interno (limites do EU);
Autoconhecimento;
Realidade objetiva (o outro)
Mais afetividade;
Melhora ansiedade;
Ausência de solidão;
Livre fluxo de energia.

Físicos:
Maior agilidade e flexibilidade do corpo;
A pele é tonificada e reforçada;
A capacidade de percepção tátil é aumentada e o tônus revigorado
A digestão e circulação são melhoradas;
As cólicas poderão ser eliminadas;
O crescimento do bebê é estimulado;
O sono é mais tranqüilo;
Menos choro;
Melhora o desenvolvimento motor;
Mães mais tranquilas – A massagem é um momento de troca entre mãe e filho.

*Bebês agitados e com certas dificuldades motoras podem ser beneficiados com o toque.
Hoje, em países como Estados Unidos e Austrália a massagem – toque vem sendo muito praticada em maternidades e hospitais, com resultados positivos.
A criança privada de toque (sensação tátil), mais tarde poderá vir a ser um indivíduo desajustado nas suas relações com o outro, tanto física quanto psíquica. Minha filha foi privilegiada recebeu Shantala desde sempre...JL.

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