Numa abordagem ou visão holística, o yoga conduz-nos a um estado de saúde integral, isto é, o nosso físico, mente e espírito experimenta uma maior capacidade de sobrevivência, de alegria e boa-disposição e energia.
YOGA é a transformação da consciência humana em consciência divina. É uma filosofia prática que permite ao ser humano acordar de seu sono e vivenciar a felicidade permanente que ele é.
O ser humano, não percebendo que ele já é a felicidade, busca incessantemente esta felicidade fora de si, nos objetos externos. Mais cedo ou mais tarde, percebe que a causa do seu sofrimento está na limitação de sua mente, e que a felicidade não é encontrada fora, mas em cada momento em que está consigo mesmo, sem desejos, sem pensamentos, em paz.
Yoga é a suspensão dos processos mentais. (Yoga Chitta-vrittti nirodhah).
A mente oscilante é o grande obstáculo à percepção do Eu Real. Segundo o Vedanta este Eu é a base de tudo o que existe e sem esse Eu, que é consciência, a mente não seria possível, mas a mente não é real e encobre o Eu. Por essa razão o Yoga tem por objetivo interromper esse fluxo de pensamento e a identificação com a mente, percebendo assim a base da mente que é a consciência e alcançar o Samadhi (união, super consciência).
*Visão Filosófica do Yoga:
Filosoficamente, o Yoga postula que, a própria essência do Universo, deriva das interações entre a consciência, que se designa em Sânscrito por Purusha, e a matéria, designada em Sânscrito por Prakriti. Numa percepção mais profunda sobre a dualidade, na qual, aparentemente vivemos, ela (dualidade), através da prática do Yoga – se funde num só princípio transcendental que se pode designar por Consciência Universal, que no Oriente se designa por Brahman.
Ao adquirirmos a consciência universal passamos a ter uma visão interna monístico, que os orientais chamam de Advaita e que implica a Unidade nas Diversidades.
Através da prática regular e diária do Yoga, o ser humano alcança a expansão da mente. Com isso, penetra na abrangência natural de todos os componentes do consciente e do inconsciente, dando-lhe a percepção da complementaridade, que determina o comportamento e a personalidade humana.
É muito importante, que o homem adquira um melhor conhecimento e uma melhor harmonização entre o seu consciente e inconsciente. Na vida do mundo moderno, a existência do ser humano tende a exacerbar – de forma atordoada, a análise dos fatos que advém da cognição, usando desmesurada mente o hemisfério cerebral esquerdo, hipertrofiando-o, unilateralmente.
Assim dessa forma, o hemisfério cerebral direito fica atrofiado nas suas funções, que deveriam dar à vida humana na Terra a abrangência, a totalidade, a integridade, isto é, a função Holística da nossa vida neste planeta. Por outras palavras, a prática do Yoga levar-nos à indiscutivelmente, a um equilíbrio bio fisiológico mental perfeito, completamente livre de oposto, que na Índia é designado por Nirdvandva e que os chineses chamam de Tao.
Portanto, através da prática do Yoga, o homem objetiva a unificação do consciente e do inconsciente, e também, o desenvolvimento integral da sua personalidade.
*A Palavra Yoga:
A palavra Yoga significa união, cooperação, integração e reintegração. Efetivamente, o Yoga é uma síntese entre as mais diversas funções provenientes das expressões e aspectos complementares da Natureza. Quero com isto dizer, que a sua abordagem e prática é, sem dúvida alguma, transdisciplinar.
O conhecimento da interdependência e do inter-relacionamento entre o corpo, a mente e o espírito nos estados mórbidos (patológicos) do corpo sugere a todos os terapeutas (abertos e predispostos a este tipo de abordagem) uma abordagem espiritual, isto é, em linguagem cientificamente profissional, psicossomática, em termos de uma melhor prevenção, que é inexistente. No respectivo controle e na própria recuperação dos estados mórbidos orgânicos.
Como será óbvio, este tipo de abordagem permite utilizar a prática do Yoga como terapia complementar ao tratamento médico convencional, não convencional, à nutrição, à homeopatia e à psicoterapia, à Med. Trad. Chinesa e Med. Oriental, etc...
Na realidade, a prática do Yoga é complementar e baseada numa abordagem sistêmica. De acordo com a Prática da Med. Trad. Chinesa, Tibetana e Ayurvédica, essa abordagem está baseada na existência de cinco camadas, que se designam por Koshas, interligadas, que constituem a totalidade do ser humano. Essas camadas correspondem aos vários níveis de consciência.
Se o indivíduo tiver uma maoir capacidade de aumentar os seus níveis de consciência sobre si próprios, entrará no centro da Consciência Cósmica (Purusha), podendo aproveitar em seu proveito a energia total que brota desse Estado Alterado de Consciência.
De fato, dependerá do nível de compreensão mais profunda, a noção da interdependência e do inter-relacionamento entre o corpo, a mente e a alma. Por isso, é que se sugere uma base mais espiritual, isto é, psicossomática, no equilíbrio da saúde e da “doença”. Para que isso aconteça, realmente será necessária uma prática diária de Yoga, elevando-se assim os níveis energéticos que possam estar ‘desalinhados’, bloqueados, ou seja, entupidos, que correspondam a estados mórbidos orgânicos, como câncer, artritismo, hipertensão arterial, depressão, distúrbios neurovegetativos, etc...
O Yoga como terapia é muito importante para o ser humano que queira ter saúde, mas os seus objetivos não param na mera aquisição do equilíbrio psico- fisiológico.
O Yoga tem como objetivo primordial uma melhoria do relacionamento humano, na fraternidade e na simbiose com outros seres de qualquer origem, cor, crença, cultura, religião e nacionalidade.
“A mente é como o vento, o corpo como a areia. Se você quer conhecer o vento, observe o movimento da areia” – Bhogar. Séc. XVIII.
*Vamos viver, buscando o equilíbrio!!! JL.
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