segunda-feira, 27 de junho de 2011

5 Normas de Vida.


Só por hoje,

não sinta raiva e não fique zangado.


Só por hoje,

abandone as preocupações.


Só por hoje,

agradeça as bençãos.


Só por hoje,

faça seu trabalho honestamente.


Só por hoje,

seja gentil com o próximo e com todos os seres vivos.


Só por hoje,

a cada dia!

*Namastê, hoje e sempre! JL.

sábado, 25 de junho de 2011

A História de Cupido e Psiquê.

 
Psiquê era uma jovem tão linda que Vênus passou a ter ciúmes dela. A deusa deu ordens a Cupido para induzir Psiquê a apaixonar-se por alguma criatura de má aparência, porém o próprio Cupido tornou-se seu amante. Cupido a pôs num palácio, mas somente a visitava na escuridão e a proibiu de tentar vê-lo. Movidas pelo ciúme as irmãs de Psiquê  disseram-lhe que ele era um monstro e iria devorá-la.

Certa noite Psiquê pegou uma lamparina e iluminou o quarto para ver Cupido adormecido. Excitada diante da visão de sua beleza ela deixou cair sobre Cupido uma gota do óleo da lamparina, e o despertou. Por causa disso o deus abandonou-a, ressentido pela sua desobediência. Sozinha e cheia de remorsos Psiquê procurou o amante por toda a terra, e várias tarefas difíceis lhe foram impostas por Vênus. A primeira delas foi separar na escuridão da noite as impurezas de um monte enorme de várias espécies de grãos, porém as formigas apiedaram-se de Psiquê e vieram em grande número para realizar a tarefa por ela.

E assim, por um meio ou por outro, todas as tarefas foram executadas, exceto a última, que consistia em descer ao Hades e trazer o cofre da beleza usado por Perséfone. Psiquê havia praticamente conseguido realizar a proeza, quando teve a curiosidade de abrir o cofre; este continha não a beleza, e sim um sono mortal que a dominou. Entretanto Júpiter, pressionado por Cupido, consentiu finalmente em seu casamento com a amante, e Psiquê subiu ao céu.

"Embora sem um templo, embora sem altar!"

A história de Cupido e Psiquê é, geralmente, considerada alegórica. Psiquê em grego significa borboleta como alma. Não há alegoria mais notável e bela da imortalidade da alma como a borboleta, que, depois de estender as asas, do túmulo em que se achava, depois de uma vida mesquinha e rastejante como lagarta, flutua na brisa do dia e torna-se um dos mais belos e delicados aspectos da primavera. Psiquê é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade.

Nas obras de arte, Psiquê é representada como uma jovem com asas de borboleta, juntamente com Cupido, nas diferentes situações descritas pela fábula.
Cupido (Eros) e Psiquê tiveram uma filha chamada 'Volúpia' e, é claro, viveram felizes para sempre.

Os deuses da mitologia grega costumam ter dois nomes, um grego e outro romano. Assim, Eros é o nome grego do Cupido e sua tradução para o português é Amor. Palavras como erótico e erotismo vem daí. Afrodite e Vênus também são as mesmas deusas. Psiquê só tem esse nome que, em grego, significa alma. Psíquico, psiquiatria e psicologia nasceram dessa raiz. O mito de Eros (Cupido) e Psiquê é a história da ligação entre o amor e a alma.


*Amo a história de Cupido e Psiquê, para mim, é uma das mais lindas fábulas de amor da Mitologia!! JL.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Trechos do Conto, "Perdoando Deus".

 
"Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele...".

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer".

*Trechos do conto "Perdoando Deus", do livro Felicidade Clandestina - Clarice Lispector.

*Isso é que é sabedoria, o resto é resto!!!
Estou a ler Felicidade Clandestina de Clarice. Foi presente do amigo: João! Um livro que contém contos intensos, repleto de sabedoria...recomendo!!! JL.

sábado, 18 de junho de 2011

Modernismo Brasileiro, Tarsila do Amaral.

 
Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo, onde passou toda a infância e adolescência.
Completou seus estudos em Barcelona na Espanha, onde pinta com seus 16 anos seu primeiro quadro, denominado de “Sagrado Coração de Jesus”.

 Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco (Arte Moderna Brasileira).

Em janeiro de 1923, na Europa , Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas: frequentou a Academia de Lhote, conheceu Pablo Picasso e tornou-se amiga do pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano.

Em 1924, em meio à uma viagem de "redescoberta do Brasil" com os modernistas brasileiros e com o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, Tarsila iniciou sua fase artística “Pau-Brasil”, dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais"(mencionados em poema por Carlos Drummond de Andrade), a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana.

Casou-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris. Em 1928, Tarsila pinta o Abaporu, cujo nome de origem indígena significa "homem que come carne humana", obra que originou o Movimento Antropofágico, idealizado pelo seu marido.

A Antropofagia propunha a digestão de influências estrangeiras, como no ritual canibal (em que se devora o inimigo com a crença de poder-se absorver suas qualidades), para que a arte nacional ganhasse uma feição mais brasileira.

*Tarsila Do Amaral, com sua obra e toda sua modernidade, revolucionou a arte no Brasil! JL

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Me Encante...




Me Encante  
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...

Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...

E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...

Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade...
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.

Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva....

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...
Mas, me encante de verdade, com vontade...

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!


'Pablo Neruda'.

*Me encante...com emoções sensações e sentimentos! JL

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Unha de Gato / Uncaria tomentosa.


Nome Científico: Uncaria tomentosa / Família Rubiaceae.
Nome Popular: Unha de gato.
Origem: Originária da Colômbia e do Peru. No entanto, hoje está distribuída em toda a Amazônia, em particular nas bacias dos rios da selva central do Peru.
Partes Usadas: Casca, folhas, raízes.

A unha-de-gato é um cipó trepador lenhoso, que ocorre na Amazônia Ocidental.
Esta planta vem sendo utilizada por populações tradicionais, especialmente aquelas de origem peruana, para tratamento de disenteria, reumatismo e musculares, diabetes, câncer no trato urinário e digestivo, cirrose, gastrite, inflamação, tumores, febres, abscessos, auxiliar para os casos de desequilíbrios orgânicos que provocam a redução ou alteração da capacidade de defesa do organismo (gripe, viroses em geral, nas alergias, nas doenças inflamatórias de auto-agressão, artrite reumatóide, etc) entre outras doenças.

Estimula e fortalece o sistema imunológico. Possuem duas substâncias, a isomitrafilina e a pteropodina que inibem a multiplicação de vírus, o que a torna num imunoestimulante poderoso, melhorando as estruturas de defesas do organismo. Combate alergias. Também é antialérgica porque inibe a liberação de histamina, substância que gera os processos alérgicos. A unha de gato aumenta a tolerância contra as alergias.
Elimina o execesso de ácido úrico no organismo (gota).
Forma colágeno para a recuperação do tecido orgânico, gengiva e vasos sanguíneos.
Estimula as funções gástricas e hepáticas. Auxilia na diminuição do colesterol.
A parte mais usada é a casca do cipó e da raiz.

Uma planta medicinal popular, com nome popular e poder antiinflamatório, antioxidante, antitumoral, antiviral, diurética, hipotensora, antimutagênica, depurativa e regeneradora celular. Os mais antigos habitantes do Peru conheciam muito bem a riqueza de sua flora e transmitiram esse conhecimento para os seus descendentes, e assim, a utilização da unha de gato chegou até nossos dias.
Recomendada no tratamento de inúmeras doenças como artrite, bursite, sinusite, úlcera, principalmente relacionadas a processos inflamatórios e imunológicos.

Internacionalmente, o interesse pela planta fortaleceu-se a partir de 1970, com a realização de várias pesquisas realizadas na Europa, as quais mostraram que a unha de gato é uma planta de grande valor terapêutico, com propriedades farmacológicas bastante promissoras. Os princípios ativos de maior interesse são os alcalóides oxindólicos e os compostos glicosídeos do ácido quinóvico que demonstram serem os responsáveis pelos efeitos aantiinflamatórios.

 As propriedades medicinais da unha de gato vêm surpreendendo o meio científico a cada dia. Em 1995, essa selvagem planta peruana foi de grande importância no tratamento das vítimas do acidente nuclear ocorrido em Chernobil, na Ucrânia.
Atualmente, a unha de gato está sendo estudado no tratamento de doenças como o câncer e a AIDS, em razão de seu poder modulador do sistema imunológico.

Contra Indicação -  Mulheres grávidas e lactantes, crianças menores de três anos, pacientes com ou a receber transplantes de órgãos, enxertos de pele, em terapia de imunosupressão, usuários de hipotensivos (pois ela é hipotensiva). Enfermidade autoimune, esclerose múltipla, tuberculose.
Efeitos Colaterais: Pode provocar diarréia, alternar a consistência dos intestinos, náusea moderada.
Encontra-se na forma de: cápsulas, extrato, tintura e chá.

*Excelente antiinflamatório das articulações... JL

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pagu / Musa do Modernismo.


Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, foi uma escritora e jornalista brasileira.
Militante comunista, teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922.

Foi à primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas “extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões.

Ela não queria saber o que pensavam dela, tinha muitos namorados e causava polêmica na sociedade. Esse comportamento não era nada compatível com sua origem familiar, que era uma tradicional família e muito conservadora.
Ao contrário do que se propagou Pagu não participou da Semana de Arte Moderna. Tinha apenas 12 anos, em 1922, quando a Semana se realizou.

Ela foi precoce em tudo. Aos 12 anos, conheceu o diretor do primeiro filme neo realista brasileiro, Fome (1931), Olympio Guilherme, com quem teve sua primeira experiência sexual.
Com 18 anos, mal completara o Curso na Escola Normal da Capital (São Paulo, 1928) e já está integrada ao movimento antropofágico, de cunho modernista, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. É logo considerada a musa do movimento. 
Aos 19, começou um explosivo romance com o escritor Oswald de Andrade, levando-o a terminar seu casamento com a pintora Tarsila do Amaral.
Aos 20 anos, militante, incendiou o bairro do Cambuci em protesto contra o governo provisório.
Aos 21, tornou-se a primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos, substituindo num comício comunista um amigo estivador, morto em seus braços pela polícia. Essa foi Patrícia Galvão, diva do movimento modernista brasileiro cujo centenário de nascimento é comemorado hoje com a abertura da programação Viva Pagu.

  Em 1930, um escândalo para a sociedade conservadora de então: Oswald separa-se de Tarsila e casa-se com Pagu. Especula-se que eles eram amantes desde a época que Oswald era casado. No mesmo ano, nasce Rudá de Andrade, segundo filho de Oswald e primeiro de Pagu. Os dois se tornam militantes do Partido Comunista.
Ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos, Pagu é presa pela polícia política de Getúlio Vargas. Era a primeira de uma série de 23 prisões, ao longo da vida. Logo depois de ser solta, em 1933, partiu para uma viagem pelo mundo, deixando no Brasil o marido e o filho. No mesmo ano, publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo.

Em 1935 é presa em Paris como comunista estrangeira, com identidade falsa, e é repatriada para o Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald, por conta de muitas brigas e ciúmes. Ela retoma sua atividade jornalística, mas é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos. Nesses cinco anos, seu filho é criado por Oswald.

Ao sair da prisão, em 1940, rompe com o Partido Comunista, passando a defender um socialismo.
Casa-se novamente com Geraldo Ferraz, e dessa união nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz, em 18 de junho de 1941.
Nessa mesma época viaja à China e obtém as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil.
Ainda trabalhava como crítica de arte, quando foi acometida de um câncer.

“Sonhe. Tenha até pesadelos, se necessário for. Mas sonhe”. Pagu.

“Musa trágica da Revolução”. Drummond.

"Sou rainha do meu tanque, sou Pagu indignada num palanque”. Rita Lee.

*Libertária Musa do Modernismo - Pagu - 100 anos!
Enfrentou tabu e quebrou preconceitos, sob meus olhos, uma mulher quase Capitu: devastadora, dissimulada, mas ela.
Grande incentivadora do teatro amador e de vanguarda.  JL.

domingo, 5 de junho de 2011

Monja / Tenzin Namdrol.



“Todo mundo fica feio com raiva”.

Brasileira que virou monja tibetana fala sobre a “moda” da meditação e de sua relação com a estética.
Foi dentro do Cine Bardot, em Búzios, no Rio de Janeiro, que ela ouviu falar em Dalai Lama pela primeira vez. Era 1999, ela tinha 27anos e assistia a “Sete Anos no Tibet” – filme sobre a história de um alpinista austríaco e seu encontro com o monge tibetano.

 Duas semanas depois, soube que ele viria ao Brasil, numa visita a Curitiba. Não titubeou: a paranaense formada em computação, que administrava uma pousada em Búzios, voou para sua terra natal.
Acabou trocando o litoral fluminense por Índia e Nepal e iniciou uma trajetória que a transformou na monja Tenzin Namdrol, em 2004, com votos recebidos pelo próprio Dalai Lama.

 Depois de oito anos fora do país, Tenzin Namdrol, que prefere ser chamada apenas de monja, acaba de voltar para o Brasil. Tem freqüentado o centro budista Shiwa Lha, no Largo do Machado, para suas meditações – prática que arrebanha adeptos ocidentais e traz benefícios para o bem-estar, a saúde e, quem sabe, a beleza.
Num intervalo no workshop que deu sobre o assunto, ela conversou com a revista. Simpática, de voz firme, mas mansa, ela fala sobre a ‘moda’ da meditação e de sua possível relação com a estética.

Entrevista:
  - Já vi pessoas e até anúncios de meditação falando que praticar emagrece. É verdade? Traz algum benefício para a aparência?

TN – Dalai Lama sempre brinca que todo mundo tem vontade de ser bonito, mas você já se olhou no espelho quando está com raiva? Todo mundo fica muito feio com raiva. Pensando por aí, a meditação pode ajudar, porque ela ajuda a lidar com este sentimento e a controlá-lo. Na filosofia budista, não é errado querer ser bonito, ao contrário, se você tem estética, você é agradável. Mas não posso afirmar que meditar emagrece ou faz bem à pele, por exemplo.
A meditação serve para a gente conhecer as emoções, os pensamentos que surgem e como cada um nos afeta. Quando nos damos conta, já estamos sentindo raiva, inveja, ciúme...
A meditação ajuda a entender o processo de como chegamos a esses sentimentos. Aprendemos, assim, a lidar melhor com nossas emoções.

- E traz bem-estar...

TN – Da mesma forma que a gente precisa ir a uma academia fazer exercícios, porque sabe que é importante para o corpo, a meditação cumpre esse papel para o nosso bem-estar. Tem que acabar com a idéia de que ela é cultural, oriental. É, inicialmente, para a gente se conhecer. Não é para ser vista como um hobby nem um ritual. Tem que fazer parte da rotina, como escovar os dentes.
E também não deve ser encarada como algo que está na moda. Não é para fazer só para contar aos amigos ou ficar numa posição apenas para o vizinho ver.

- E em que a prática pode ajudar no dia a dia?

TN – Muito do estresse que a gente tem hoje vem do volume de coisas que precisamos fazer. Mas também deve-se muito à forma como a gente faz isso tudo.
Constantemente, tudo é uma emergência na nossa vida, no nosso trabalho, em casa. É importante que você consiga fazer uma única tarefa, decidir que é aquilo que você vai focar e se concentrar, sem se dispersar ou se afobar por causa do que ainda precisa ser feito.

- Qual o maior erro que cometemos na hora da meditação: seria esse de encarar como moda?

TN – O maior obstáculo do ocidente é querer tudo o mais rapidamente possível. É a falta de paciência, o imediatismo. Para você ter realmente resultado na meditação, ela tem que ser constante e disciplinada. É preciso um certo esforço para incluir a prática no dia a dia.

- Qual a meditação mais simples para quem quer começar?

TN – Escolha um cantinho da sua casa que você se sinta bem. Sente-se confortavelmente, seja no chão ou numa cadeira. O importante é a coluna ficar ereta e, caso escolha a cadeira, deixar os pés no chão. Prepare a mente perguntando por que você quer meditar. Isso servirá como uma motivação. 
“Eu quero diminuir certas aflições, sou muito ambiciosa, etc”.
Depois, basta prestar atenção na respiração abdominal. Respire normalmente, nem rápido, nem devagar. Você começa a ficar mais  focada e concentrada. O processo todo pode durar só 15 minutos.
Mantenha os olhos semi-abertos, olhando meio para baixo, na altura do nariz. Se fechar, a tendência é dar sonolência. E ficar com os olhos totalmente abertos distrai. O que faz a gente não conseguir meditar, na maioria das vezes, é ficar muito disperso ou apático.

- Prestar atenção na respiração é uma técnica para você parar de pensar?

TN – Não. Uma coisa que a gente precisa entender é que a gente não vai parar de pensar. Quando você coloca a atenção na respiração, deixa o pensamento ir e vir.
Eles virão, mas você não precisa segui-los. Não precisa desviar do que está fazendo nem ficar frustrado e desistir. É só deixar o pensamento ir embora.

 Fonte: A Tribuna.

*Nos preocupamos e cuidamos muito com nossa estética...  Fator exterior.  E o quanto que nos preocupamos e cuidamos com relação a nossa mente... Fator interior? JL

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Shirodhara: Uma Surpreendente Arma Contra o Stress.


A palavra Shirodhara em Sânscrito significa, Shiro = cabeça e dhara =  fuxo... A terapia do Shirodhara conciste em um delicioso óleo morno e medicinal com ervas caindo em fluxo contínuo na região do Ajna Chakra, que fica entre as sobrancelhas.
Utilizando de diferentes formas em muitos panchakarmas, o óleo tem uma importância particular. Para os indianos, “o homem é uma máquina que deve funcionar oleada”.
Esse derivado, sempre de origem vegetal segundo o Ayurveda, se derramado em fluxo contínuo sobre a testa e a cabeça, é um poderoso tratamento contra depressão, insônia, ansiedade e síndrome do pânico, dores de cabeça, fadiga, vertigem, perda da audição, cansaço, deficiência de libido, entre outros males de fundo emociona e neurológico.
                                                                                
O ritual, denominado no Ayurveda de Shirodhara, é tratamento prescrito isoladamente, mas também integram as opções de purvakarmas, procedimentos pré-operatórios de panchakarmas. Por sua eficácia no combate ao stress é um dos tratamentos que mais têm feito sucesso no Ocidente. Além de executado com fluxo contínuo de óleo aquecido.
Este tratamento pode ser aplicado o ano todo, de preferência pela manhã entre 7 hs e 10 hs. E seu resultado terapêutico é muito melhor quando é realizado após um abhyanga (massagem).

Shirodhara é uma das mais divinas e relaxantes terapias que se possa experimentar.
Após essa terapia o paciente irradia frescor na pele, saúde, vitalidade e profundo bem estar, demonstrando sorriso de serenidade.
Este fluxo constante produz ondas circulares que vão acalmar o cérebro, então determinados distúrbios onde a causa principal está no sistema neurológico podem encontrar, através da shirodhara, um potente tratamento auxiliar a qualquer outro tratamento médico ortodoxo.

A principal ênfase deste tratamento está na nutrição dos canais energéticos pelo prana, através da shirodhara. Segundo esta filosofia, não adianta cuidar do cérebro separadamente do cerebelo, do hipotálamo, ou do centro motor, é necessário que se nutra o prana, através da nutrição do prana o indivíduo poderá alcançar um harmonioso estado de bem estar.

*Após o Shirodhara o paciente sente-se mais leve, energizado e com uma sensação total de bem estar, e o EU interior e a mente ficam neutralizados.  
É preciso atenção, silêncio e sincronicidade na recolocação do óleo no pote e em seu aquecimento.
É puro extasê... Um dos melhores tratamentos que já recebi!
Namastê! JL.