sábado, 14 de novembro de 2009

Venenos no prato.


Nunca se falou tanto em segurança alimentar como nos últimos tempos. Alimentos transgênicos, carne de vaca com BSE, frangos com dioxinas são apenas algumas das ameaças reais à qualidade alimentar da mesa Brasileira.    
Cada vez há menos dúvidas: a indústria alimentar, em nome de um lucro fácil e sem escrúpulos, põe veneno no nosso prato.
Com a complacência, íamos dizer cumplicidade, do Estado e dos organismos de controle, a nossa saúde e vida são postas em causa com o que comemos.
O nível alimentar, que tão diretamente afeta a nossa saúde, vale tudo: Aditivos, Conservantes e corantes para dar uma aparência de qualidade, embalagens atraentes para vender produtos que não as acompanham, adição, muitas vezes não permitida por lei, de produtos químicos e farmacológicos, nocivos à saúde humana mas economicamente rentáveis para o produtor.
E, finalmente, a publicidade enganosa, "Alimento Nutritivo" de uma forma mais sutil, para dar o toque final na consciência do consumidor.
Nitrofuranos:
A substância em causa - o nitrofurano é um antibacteriano muito potente e que acumula no organismo humano, é cancerígena. Pertence à lista de substâncias que não podem ser usadas na produção de animais. 
Frangos e muito mais... Não são só os frangos e os perus que contêm nitrofuranos.
Os nitrofuranos, poderosos bactericidas com um efeito mutagênico nas bactérias, foram detectados também em explorações de porcos e coelhos.
Usados há muitos anos na criação de vacas, porcos, coelhos, aves e viveiros de peixe e marisco, concluiu-se, há poucos anos, sem margem para dúvidas, que os nitrofuranos têm um efeito cancerígeno no homem.
Em 1994, a União Européia proibiu o seu uso para fins pecuários e os Estados Unidos da América fizeram o mesmo em 2002. Num estudo feito pela “Food and Drug Administration” (FDA), nos EUA, detectaram-se resíduos carcinogênicos em várias partes dos animais (carne, fígado, rins e leite), que permaneciam inalterados mesmo após todos os processos de cozimento.
Venenos e Maus Tratos:
A maior parte dos frangos criados no Brasil é mantida em armazéns superlotados e forçados a crescer tão depressa que muitos sofrem de problemas dolorosos nas patas e outros morrem com problemas cardíacos. As aves criadas em lugares superlotados sofrem de maior número de patologias ex: problemas nas patas, feridas no peito e dermatite de contato.
Atualmente os animais têm cerca de 41 dias para alcançar o peso de abate. Trata-se de metade do tempo em comparação com a média de há 30 anos, atrás. O que cresce depressa é a massa muscular, que é consumido sob a forma de carne, mas a estrutura de apoio desta massa – as patas, coração e pulmões, não crescem a mesma velocidade do que o resto do corpo. É freqüente as patas cederem perante o peso do corpo e sofrerem de deformidades, dolorosas e por vezes paralisantes com ossos enfraquecidos.
A ponta do icebergue:
A criação intensiva de animais para a alimentação humana está tão artificializada e perigosa para a saúde pública, que o nitrofurano é apenas a ponta do icebergue.
Muitas outras drogas são utilizadas na criação de animais: Antibióticos, Hormônios, esteróides e tranqüilizantes. E o que é que o Estado faz? Zela para que esses produtos deixem de ser usados? Faz análises regulamente para salvaguardar uma alimentação segura?
Quando, finalmente, o Estado toma algumas atitudes faz de modo muito suave sem grandes punições para os prevaricadores em processos-crime contra a saúde pública é sempre mais preocupados com as conseqüências econômicas para indústrias do que com a saúde pública.
*E o que é que nós, consumidores, fazemos?
*Tudo em prol de uma boa saúde! JL.

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