sexta-feira, 9 de março de 2012

Abelhas Também Teriam Uma Personalidade.



 Pesquisa aponta paralelos entre o comportamento humano com os dos insetos.

Pesquisadores apontaram diferenças no comportamento das abelhas sobre tudo em relação à busca por comida. À simples vista as abelhas e os seres humanos não têm muito em comum, mas um estudo publicado nesta quinta-feira na revista 'Science' indica que, tal qual o Homo sapiens, estes insetos também têm personalidade.

De acordo com a pesquisa, há abelhas exploradoras e de comportamento mais ousado, enquanto outras optam por atividades mais cautelosas e uma vida 'caseira'.As abelhas têm distintas funções na colônia. Algumas ficam dentro da colméia e cuidam dos filhotes, enquanto outras saem para conseguir comida.
O estudo das abelhas e suas possíveis implicações para entender o comportamento de mamíferos, e até o dos humanos, são interessantes porque esses são insetos sociais, que vivem em comunidades altamente organizadas. Durante os experimentos, os pesquisadores instalaram as fontes de alimento das abelhas em uma grande área protegida e observaram quais saíam para explorar em busca por mais comida. Os cientistas depois compararam a expressão genética cerebral das abelhas aventureiras com a daquelas que ficaram próximas os seus ninhos.

Ficamos focados em determinar os genes e a base molecular que motivam estas abelhas a um comportamento explorador, algo que nos humanos é conhecido como o comportamento em busca de novidade.
A partir da observação das abelhas exploradoras, os cientistas descobriram que as mesmas que buscaram o lugar para a nova colméia e levaram para lá um grupo de abelhas da colônia antiga são as que passam a procurar comida. Leva em seus genes essa 'inquietação. Primeiro, saem em busca de um lugar; depois, de comida.

Genética - Há uns 1 mil genes, 15% do total, que se expressam mais nas abelhas exploradoras que nas não exploradoras. São genes com função associada à comunicação, e essas diferenças se expressam na dopamina, na octopamina, no glutamato e no ácido gama-aminobutírico. Nos seres humanos, essas moléculas se relacionam com a sensação de satisfação e também com a dependência. Os seres humanos que têm tendência a buscar atividades inovadoras também têm um maior risco de desenvolver a dependência.

Em outras fases do estudo, os cientistas acrescentaram doses maiores de octopamina e glutamato na dieta das abelhas exploradoras, e o resultado foi que exploravam ainda mais. Por outro lado, a adição de agentes bloqueadores em sua dieta lhes inibiu a vontade de explorar, e as abelhas normais, as que não tendem a explorar, exploraram ainda menos.
 
Fonte: Época.


*Abelhas é parte integral e necessária dos sistemas agrícolas e ecológicos, já que produzem mel e especialmente, polinizam novas plantas.
A utilização dos produtos das abelhas com fins terapêuticos é denominada APITERAPIA, que vem-se desenvolvendo consideravelmente nos últimos anos, com a realização de inúmeros trabalhos científicos. JL!

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