segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Marquês de Sade!

Donatien Alphonse François de Sade, o marquês de Sade, (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava em um hospício, encarcerado por ordem de Napoleão Bonaparte, que se sentiu ofendido com uma sátira que o Marquês lhe escrevera. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Antigo Regime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.

Além de escritor e dramaturgo, foi também filósofo de ideias originais, baseadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Sade era adepto do ateísmo e era caracterizado por fazer apologia ao crime (já que enfrentar a religião na época era um crime) e a afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos - na concepção moderna do termo. Em suas obras, Sade, como livre pensador, usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana.

Além de patrono do surrealismo, Sade é considerado um dos pioneiros da revolução sexual, com suas ideias libertárias e permissivas, e um dos primeiros a ter uma visão moderna da homossexualidade, pois defende a existência de diferentes orientações sexuais para a humanidade. Em Os 120 Dias de Sodoma, chega a satirizar o predomínio do pensamento heterossexual e a milenar condenação à morte de comportamentos considerados desviantes: no romance, ele inverte a situação e dessa vez humilha a heterossexualidade, que é punida com a morte pelas regras libertinas do castelo em que se realizam as excrementosas, sangrentas e incestuosas orgias, regadas a homossexualidade e sodomia. A obra de Sade, constantemente proibida, serviu de base para a Psychopathia sexualis de Kraft-Ebing, que classificou as parafilias e incluiu nelas o sadismo, conceito que também seria muito importante para Freud e seus seguidores, como Melanie Klein, em cuja obra o termo sadismo costuma ser exaustivamente repetido. Hoje considerado um clássico maldito, pois passou quase trinta anos preso mais por suas ideias e por seu comportamento sexual do que por seus crimes, Sade só começou a ser valorizado pelos surrealistas, no começo do século 20.

Sade morreu aos 74 anos, amado por duas mulheres, com quem planejava produzir peças teatrais pornográficas quando um dia saísse do hospício.

"...e que nada nem ninguém é mais importante do que nós próprios. E não devemos negar-nos nenhum prazer, nenhuma experiência, nenhuma satisfação, desculpando-nos com a moral, a religião ou os costumes".

"Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo".

"A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for".

*Marquês Libertino com  ideias libertárias tão futuristas... JL

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