Nunca se falou tanto em segurança alimentar como nos últimos tempos. Alimentos transgênicos, carne de vaca com BSE, frangos com dioxinas são apenas algumas das ameaças reais à qualidade alimentar da mesa Brasileira.
Cada vez há menos dúvidas: a indústria alimentar, em nome de um lucro fácil e sem escrúpulos, põe veneno no nosso prato.
Com a complacência, íamos dizer cumplicidade, do Estado e dos organismos de controle, a nossa saúde e vida são postas em causa com o que comemos.
O nível alimentar, que tão diretamente afeta a nossa saúde, vale tudo: Aditivos, Conservantes e corantes para dar uma aparência de qualidade, embalagens atraentes para vender produtos que não as acompanham, adição, muitas vezes não permitida por lei, de produtos químicos e farmacológicos, nocivos à saúde humana mas economicamente rentáveis para o produtor.
E, finalmente, a publicidade enganosa, "Alimento Nutritivo" de uma forma mais sutil, para dar o toque final na consciência do consumidor.
Nitrofuranos:
A substância em causa - o nitrofurano é um antibacteriano muito potente e que acumula no organismo humano, é cancerígena. Pertence à lista de substâncias que não podem ser usadas na produção de animais.
Frangos e muito mais... Não são só os frangos e os perus que contêm nitrofuranos.
Os nitrofuranos, poderosos bactericidas com um efeito mutagênico nas bactérias, foram detectados também em explorações de porcos e coelhos.
Usados há muitos anos na criação de vacas, porcos, coelhos, aves e viveiros de peixe e marisco, concluiu-se, há poucos anos, sem margem para dúvidas, que os nitrofuranos têm um efeito cancerígeno no homem.
Em 1994, a União Européia proibiu o seu uso para fins pecuários e os Estados Unidos da América fizeram o mesmo em 2002. Num estudo feito pela “Food and Drug Administration” (FDA), nos EUA, detectaram-se resíduos carcinogênicos em várias partes dos animais (carne, fígado, rins e leite), que permaneciam inalterados mesmo após todos os processos de cozimento.
Venenos e Maus Tratos:
A maior parte dos frangos criados no Brasil é mantida em armazéns superlotados e forçados a crescer tão depressa que muitos sofrem de problemas dolorosos nas patas e outros morrem com problemas cardíacos. As aves criadas em lugares superlotados sofrem de maior número de patologias ex: problemas nas patas, feridas no peito e dermatite de contato.
Atualmente os animais têm cerca de 41 dias para alcançar o peso de abate. Trata-se de metade do tempo em comparação com a média de há 30 anos, atrás. O que cresce depressa é a massa muscular, que é consumido sob a forma de carne, mas a estrutura de apoio desta massa – as patas, coração e pulmões, não crescem a mesma velocidade do que o resto do corpo. É freqüente as patas cederem perante o peso do corpo e sofrerem de deformidades, dolorosas e por vezes paralisantes com ossos enfraquecidos.
A ponta do icebergue:
A criação intensiva de animais para a alimentação humana está tão artificializada e perigosa para a saúde pública, que o nitrofurano é apenas a ponta do icebergue.
Muitas outras drogas são utilizadas na criação de animais: Antibióticos, Hormônios, esteróides e tranqüilizantes. E o que é que o Estado faz? Zela para que esses produtos deixem de ser usados? Faz análises regulamente para salvaguardar uma alimentação segura?
Quando, finalmente, o Estado toma algumas atitudes faz de modo muito suave sem grandes punições para os prevaricadores em processos-crime contra a saúde pública é sempre mais preocupados com as conseqüências econômicas para indústrias do que com a saúde pública.
*E o que é que nós, consumidores, fazemos?
*Tudo em prol de uma boa saúde! JL.
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