terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Algas Marinhas.

 
Algas - Iguarias do Mar.

As algas foram dos primeiros alimentos a ser consumidos pelo Homem; na verdade, todas as populações costeiras, com maior ou menor freqüência, as consumiram.
Mas em muitas regiões o seu consumo caiu em desuso.

Qualquer planta que cresça no mar é uma alga. Há muitos diferentes nomes e variedades: calcula-se que haja cerca de duas mil e quinhentas variedades de plantas marinhas. Gastronomicamente muito interessante, é ainda mais importante valorizar o seu teor nutricional. Neste, ressalta a grande concentração em minerais, mas também contêm caroteno, vitamina D, K e B12, além da maioria das vitaminas hidrosolúveis.

Havendo tantas e tão variadas algas, encontramos também grandes diferenças no nível da composição. Para ilustrar esta afirmação, lembro que a proteína pode ir de 8 a 75 por cento, os carbohidratos de 4 a 40 por cento e os lípidos de 1 a 86 por cento.

As algas marinhas são isentas de gorduras, contém baixos níveis de calorias e são ricas em carboidratos, proteínas, vitaminas e especialmente minerais essenciais (mais de 30% por volume). Comparadas com os laticínios elas provém 10 vezes mais cálcio e ferro por peso e contém outros importantes sais minerais que faltam hoje em dia em nossos vegetais terrestres devido à desmineralização do solo.

A alga contém mais mineral do que qualquer outro tipo de alimento e os minerais requeridos pelos seres humanos incluindo cálcio, sódio, magnésio, potássio, iodo, ferro e zinco que estão presentes em quantidades suficientes. Entre a ampla variedade de minerais, cálcio, ferro e iodo estão presentes em abundância na maioria das algas e são particularmente importantes em dietas.

As algas mais usadas na alimentação natural:

Agar agar – É a alternativa ideal para a gelatina. Muito prática, após dez minutos de molho e dez de cozedura, fica pronta a deixar arrefecer e consumir.

Arame – de sabor suave e cozedura rápida, faz receitas muito saborosas e bonitas (apresenta-se em fios longos, pretos e brilhantes) com abóbora e cenouras.

Dulce – Esta alga usada na Europa do Norte desde o século X é particularmente rica em ferro e em iodo e é aconselhada às mulheres grávidas e que amamentam.

Hiziki – É a alga de sabor mais forte e difícil, mas é também a mais rica em minerais. Cozinha-se normalmente com vegetais “doces” como a abóbora, a cenoura, a cebola ou o alho francês.

Kombu – De cozedura longa, é típica para cozer com as leguminosas, às quais fornece preciosos minerais para ajudar à digestão.

Nori – É a famosa alga do sushi. Receita nacional japonesa. Muito rica em proteína, deliciosa e muito estética, é de muito rápida preparação.

Wakame – Alga especialmente usada em sopa, nomeadamente na de misô, coze rápido e tem sabor muito suave.

As algas não são um alimento que se consuma em abundância, mas apesar disso podem desempenhar um papel muito positivo na dieta alimentar, nomeadamente porque tem o poder de fornecer um leque alargado de minerais e oligoelementos insuficientes ou escassos na alimentação moderna e corrente atual e fornecer excelentes fibras muito útil para o correto funcionamento intestinal.

*As algas marinhas têm uma função primordial no ciclo da vida do ambiente marinho. São chamados organismos produtores, pois produzem tecidos vivos a partir da fotossíntese. Fazem parte do primeiro nível da cadeia alimentar e por isso sustentam todos os animais herbívoros. Estes sustentam os carnívoros e assim por diante. Portanto, as características mais importantes das algas são: consumem gás carbônico para fazer fotossíntese, produzem oxigênio para a respiração de toda a fauna, são utilizadas como alimento pelos animais herbívoros (peixes, caranguejos, moluscos, etc), filtradores (ascídias, esponjas, moluscos, crustáceos), e animais do plâncton. É um grupo muito diverso, contribuindo significativamente para elevar a biodiversidade marinha. JL.

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