segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Florais de Bach / Flores e Emoções.


Os Florais de Bach representam um tratamento com base em conceitos bem poucos ortodoxos.

Todos sabem que os problemas de saúde, frequentemente tem suas origens nas emoções.
Sentimentos persistentemente reprimidos, frustrações e diversos tipos de pressão farão emergir conflitos mentais e emocionais que, depois, se manifestarão no corpo como doenças. Essas perturbações sutis podem, porém, ser tratadas e dissolvidas antes de causar algum dano. E uma forma cada vez mais popular de se equilibrar os estados emocionais são os remédios florais.

O uso de flores em terapias é muito antigo. Os aborígines australianos comem determinadas flores para absorver suas propriedades – caracterizadas pela sua aparência. Os egípcios e africanos faziam uso delas para tratar desequilíbrios emocionais. E o alquimista suíço Paracelso, um dos precursores da homeopatia, recomendava algumas essências florais para tratar problemas psicológicos. Mas foi somente no comoço do século 20 que o médico imunologista, bacteriologista e homeopata inglês Edward Bach (1886-1936) postulou os fundamentos de uma nova terapia floral.

Embora Bach tenha trabalhado em hospitais tradicionais e destacando-se pelas descobertas no campo da bacteriologia, seus conceitos de doença e saúde eram bem diferentes dos convencionais.
Bach via a doença, como resultado do conflito da alma - o elemento divino em todos nós, e a personalidade – aquilo que somos, ou nos abrigamos a ser, no dia-a-dia. “O sofrimento é mensageiro de uma lição; a alma envia a doença para nos corrigir e nos colocar no nosso caminho novamente. O mal nada mais é do que o bem fora do lugar”. Para ele, o importante é a alma e a personalidade estarem em perfeita sintonia através do equilíbrio emocional.

Por volta de 1926, Bach já tinha desenvolvido um remédio eficaz – o nosódio de Bach, para o tratamento de males intestinais. A substância era usada em toda a Grã-Bretanha e em vários outros países. O médico começou, então, a tentar substituir os nosódios por medicamentos preparados com plantas e acabou sendo atraído pelo sistema homeopático de diluição e potencialização, usando-o em duas flores que trouxe do País de Gales, em 1928 – Impatiens e Mimulus. Os resultados foram encorajadores.

Numa tremenda ‘virada de mesa’, Bach resolveu largar seu consultório em Harley Street, Londres, e seus laboratórios, para buscar na natureza este sistema de cura que idealizara desde criança. Estava com 44 anos.

Bach teorizava que a origem das doenças é proveniente de sete “defeitos” do homem.
“As doenças reais e básicas no homem são certos defeitos como o orgulho, a crueldade, o ódio, o egoísmo, a ignorância, a instabilidade e a ambição... Esses defeitos é que constituem a verdadeira doença... e a continuidade desses defeitos, se persistirmos neles... é o que ocasiona no corpo os efeitos prejudiciais que conhecemos como enfermidades”.

Na nossa saúde física depende, portanto, do nosso modo de pensar, dos sentimentos e das emoções. Bach sustentava que a doença é a cristalização de uma atitude mental e que basta tratar essa atitude para que a enfermidade cesse. Deve-se cuidar da personalidade do paciente e não da enfermidade.
E como “os medicamentos devem atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético”, o médico inglês decidiu criar esses remédios.

Trabalhando com flores, Bach desenvolveu grande intuição e sensibilidade, sentindo as vibrações de cada flor que tocava com as mãos ou com a boca e identificando, assim, seu poder de cura. Descobriu que o orvalho e a luz solar despertavam a vibração das flores e, a partir daí, concebeu os métodos solar e de ebulição, usados até hoje para o preparo das essências florais.

Bach relacionou as vibrações energéticas das flores com aquelas dos estados mentais negativos dos seres humanos, classificando, assim 38 essências florais que atuavam em 7 grupos ou estados emocionais: Desalento e Desespero, Preocupação Excessiva pelo Bem-Estar dos Outros, Falta de Interesse pelas Circunstâncias Atuais, Sensibilidade Excessiva às Influências e Opiniões, Incerteza, Solidão e Medo.

“A ação destes remédios consiste em elevar nossas vibrações a abrir nossos canais para recepção do Eu Espiritual; de inundar nossa natureza com a virtude particular de que precisamos, e em expurgar de nós o erro que causa o mal... Eles curam com as sublimes vibrações de nossa Natureza Superior, em cuja presença a enfermidade se dissolve com a neve à luz do sol. Não existe cura autêntica, a menos que exista uma mudança de perspectiva, uma serenidade mental e uma felicidade interna”.

No outono de 1935, Bach descobriu Mustard, o último dos 38 florais. Morreu de parada cardíaca, dormindo, em novembro de 1936, em sua casa em Monte Vernon, onde hoje funciona o Bach Centre e onde são colhidas as flores e preparadas as essências.

Hoje, passados 70 anos, a Terapia Floral está se consolidando, a cada dia, nos consultórios dos terapeutas, psicólogos, médicos e de outros profissionais do mundo inteiro. As essências florais são consideradas remédios homeopáticos nos Estados Unidos. Já na Inglaterra tem rígidos padrões de qualidade sobre os remédios à base de flores.

Baseados nos conceitos de Bach, muitos outros remédios florais foram desenvolvidos. Produzidos a partir das flores nativas das regiões onde foram criados, adaptam-se à realidade vibracional de outros países. Hoje, há florais de Minas, florais da Califórnia, florais de Saint Germain, florais Australianos, florais da Mata Atlântica, etc...


*No Brasil, as essências florais surgiram na década de 1980, intensificaram-se nos anos 90 e são considerados complementares. JL.

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