Entre dois caminhos.
Muitas vezes escolho a do penhasco.
viro remédios, viro uma bela adormecida dopada de Prozac.
Subo no alto de uma ponte e creio estar com asas imensas.
Romper a vida,
cortar o fio que liga meu corpo, cansado e machucado, da minha alma sempre viva.
Uso a cartada final,
meu livre arbítrio.
Sei que ninguém me julgará,
mas a vida se comprometerá a fazer com que eu arque com as conseqüências de meu ato.
Rezo para que não tenha que passar pela terra novamente.
Mas sou falha, humana, dotada de incertezas, de impulsos, desejos e apegos.
Muitas vidas se sucederão.
Resta-me procurar a sabedoria.
Seguir o caminho da verdade.
Para assim amenizar meu karma,
meu Dharma.
O fim não pode ser premeditado.
O ato não deve ser consumado.
Tenho um papel a interpretar,
uma vida a seguir,
Uma missão a cumprir.
A escola terrestre é que deve dar as orientações.
Diante da morte,
devo ter consciência da vida que me aguarda.
Desprender do que fui,
Desgarrar-me do corpo que usei.
É neste momento que darei as mãos ao meu guia e assim caminharei para a luz.
Vou me sentir dentro de um cinema,
onde o filme, é a história de minha vida.
A película certamente será um drama,
mas agora não caberá lenço de papel e de pano para conter minhas lágrimas.
Não há tempo para remorsos,
não há tempo para culpas.
Devo me purificar e ter lucidez para fazer novas escolhas,
escolher circunstâncias para aprender o que muito me falta.
Carências devem ser supridas,
erros devem ser corrigidos.
Pessoas e momentos, se cruzam.
E nesse cruzamento nada é por acaso.
Tudo na vida tem seu ciclo, para começar e terminar.
O fim não termina com a morte.
A morte é o começa de uma vida cheia de novas oportunidades e aprendizado.
"Cátia Menezes".
*Minha filha linda, adorei o texto, lindo, perfeito. Obrigada! JL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário