quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tenho Saudades!



Quando a saudade é tamanha, trasborda nos olhos.

Tenho saudades tuas e mesmo assim sei de verdade que gosto mesmo de ti.
Tenho dificuldade em equacionar uma data de incógnitas que se colaram já faz tempo aos medos da minha cabeça como se por castigo tivesse sido obrigado a transportar-te para o lado secreto da minha vida.
Finjo saber por que é que penso que tu és a metade certa que procuro para completar a minha estranha existência.
Sinto que na minha imperfeição me fazes falta, embora as estrelas não caiam do céu, nem os ventos parem de soprar ou sequer os ribeiros se cansem de correr.
Na tua ausência não me consigo aperceber do quanto te quero.
Creio que por isso deixei de te procurar.
Em ti é tudo tão intenso que me bastam os sonhos.
És aquela encruzilhada por onde todos os meus caminhos sem rumo tem forçosamente que passar, mas mesmo sem te evitar não te presto a devida atenção.
Estás lá.
É seguro.
És fiável.
Isso para mim chega.
Mas se não estiveres ainda assim a vida não pára.
Já passei por outros lugares onde não estavas e tudo correu de feição.
Só que então estava submerso em montes de pensamentos, entorpecido ou talvez mesmo sonâmbulo.
Nem dava pela tua falta.
Mas prefiro saber que precisas de mim, que continuo a impor-te a minha ausência, que sou lembrado por coisas que não sou ou até que em pausas subtis do pensamento tu te recordas do porquê do meu esquecimento.
Vives em mim sem dares por isso.
Estás em mim logo que me queiras.
Hoje, já ou ao fim do dia.
Lá estarei sempre.
Sempre a tua espera.


“JMC”.
  Lisboa, 29/04/2010.

*JMC, tu sabes também que – Vives em mim sem dares por isso. JL.
*Saudades do além Tejo...além mar...Além... JL.

Um comentário:

  1. Reflexo da lua, sombra do sol, canto dos pássaros...
    Amiga, cálice de vinho, ondas ao mar, lençois para se amar...
    Sou o que o vão observador quizer........
    Em única viagem de esperança, prazer, esquecimento e perdão....sou.
    Plural e singular, lusco, fuzco....sua amiga a admiradora....sou
    Pão na mesa, flor no campo....gota de orvalho...
    E a espada que não feriu.....sou.

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