Poemeu de louvor ao bom gurmê nacional
Se,
Já nos tempos de Cabral,
Selvagem comia bispo
Com prazer, sem ritual,
E até sem avental,
Se,
Hoje pobre come rato,
Como coisa natural,
Se,
Todos nós comemos carne,
De tudo de que é animal,
Se gente sempre comeu gente,
E nem só por via oral,
Por que culpar os ministros,
Que comem 30 por cento
Comem bem ou comem mal?
Meu bem, na hora da fome,
Quem de nós não é canibal?
'Millôr'.
* Bravo Millôr!
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